Afonso Lopes Vieira

Afonso Lopes Vieira (Leiria , 26 de Janeiro de 1878 - Lisboa, 1946) foi um poeta português. Radicou-se em Lisboa, onde exerceria a função de redactor na Câmara de Deputados, até 1916. Deixaria a profissão para se dedicar exclusivamente à escrita literária. Durante a juventude participou na redacção alguns jornais manuscritos, de que são exemplos A Vespa e O Estudante . Com a publicação do livro Para Quê? - 1897 marca a sua estreia poética, iniciando um período de intensa actividade literária — Ar Livre - 1906, O Pão e as Rosas - 1908, Canções do Vento e do Sol - 1911, Poesias sobre as Cenas Infantis de Shumann - 1915, Ilhas de Bruma - 1917 , País Lilás, Desterro Azul - 1922 — encerrando a sua actividade poética, assim julgava, com a antologia Versos de Afonso Lopes Vieira - 1927. A obra poética culmina com o inovador e epigonal livro Onde a terra se acaba e o mar começa - 1940. O carácter activo e multifacetado do escritor tem expressão na sua colaboração em A Campanha Vicentina, na multiplicação de conferências em nome dos valores artísticos e culturais nacionais, recolhidas nos volumes Em demanda do Graal - 1922 e Nova demanda do Graal - 1942. A sua acção não se encerra, porém, aqui, sendo de considerar a dedicação à causa infantil, iniciada com Animais Nossos Amigos - 1911, o filme infantil O Afilhado de Santo António - 1928, entre outros. Por fim, assinale-se a sua demarcação face ao despontar do Salazarismo, expressa no texto Éclogas de Agora - 1935.

Comentários