Os Maias - Eça de Queirós

A história de três gerações da família Maia, uma família aristocrata da sociedade Lisboeta da segunda metade dos séc. XIX. Uma obra que serve de pretexto para o autor fazer uma crítica à situação do país a nível político e cultural e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora caricatural, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.

É a obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. É um romance realista (e naturalista) onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional. Estes “Episódios da vida romântica” são também um retrato da sociedade lisboeta do final do século XIX que se interliga com a história principal numa sucessão de acontecimentos de âmbito social que proporciona a radiografia da sociedade lisboeta da época. É sobretudo uma obra que expressa o desânimo social, politico e económico dos escritores da chama Geração de 70 (1870) da qual Eça é o seu maior representante.

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